The Ethical Relevance of Simple Things: Art, Crafts, Design, and Modern Life
Resumo
Praticamente ninguém negaria seriamente a importância das coisas para a vida humana. Como entidades de tamanho médio estáveis, as coisas podem ser facilmente referidas a e, portanto, elas se mostram como correlatos maximamente distintivos da percepção e da cognição. Além disso, muitas atividades humanas não têm como ser performadas sem as coisas. Para a produção e para a ação em geral são necessários com muita frequência utensílios ou instrumentos, e algumas atividades e costumes não chegariam nem mesmo a existir sem coisas particulares. Não se poderia andar de bicicleta sem bicicletas e não se teria nem mesmo alguma ideia do que andar de bicicleta significaria sem elas; sentar em cadeiras não é de modo algum algo natural para os seres humanos, mas algo antes possibilitado pela produção de cadeiras. E, finalmente, há coisas que provocam um prazer e um insight particular enquanto objetos de contemplação. Tais coisas, obras de arte, se encontram separadas entre as coisas e são com frequência consideradas como inacessíveis para o uso e o manuseio. Em todo caso, obras de arte não são definidas como relacionadas com alguma outra coisa – assim como utensílios são definidos por sua relação com o uso. Obras de arte são precisamente o que são: elas são coisas em si mesmas. Não sendo relacionais, sua determinação não é ambígua, mas simples. Obras de arte são simples coisas.
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