Compreensões fenomenológicas sobre construção dos conceitos de saúde e doença para o cuidado com idosos em políticas públicas

Autores

  • Lucas Carolino Centro Universitário Anhanguera de São Paulo

Palavras-chave:

Fenomenologia-Existencial, Políticas Públicas, Idoso, Cuidado, Corpo.

Resumo

O trabalho teve como norte problematizar e investigar se haveria uma relação intrínseca entre políticas públicas, idosos e cuidado. Posteriormente, fez-se a tentativa de entender se as práticas de cuidado (históricas) denominadas "tradicionais", teriam diálogo ou possibilidade de articulação com a fenomenologia-hermenêutica de Martin Heidegger. Para isso, teve como objetivo inicial: na contemporaneidade, entender como construiu-se o conceito de cuidado e o olhar desenvolvido para o idoso em relação às políticas públicas e comparar com a fenomenologia. Teve como objetivos específicos: elaborar na fenomenologia de Martin Heidegger uma compreensão existencial do modo de ser do idoso, propôs-se a discutir em contraponto com a tradição: a concepção do idoso como ser-no-mundo que necessita de cuidado e sua diferença para a atitude fenomenológica de Martin Heidegger do Cuidado. Por fim, compreende-se que a concepção fenomenológica-existencial do idoso como Dasein traz possibilidade de elaboração de políticas públicas que não sejam normativas, padronizantes, pautadas em um olhar de doença biopsicossocial.

Referências

American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2016]. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm. Acesso em: 27 maio. 2023.

BRASIL. Decreto N° 8.114, de 30 de Setembro de 2013]. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2013/decreto-8114-30-setembro-2013-777140-publicacaooriginal-141288-pe.html. Acesso em: 27 maio. 2023.

BRASIL. Lei no 8.842, de 4 de janeiro de 1994. Dispõe sobre a política nacional do idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União 1994;acesso em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8842.htm. .

BRASIL. Lei n. 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 3 out. 2003. Seção 1, p. 1.

BRASIL. Portaria GM/MS nº. 4.279, de 30 de dezembro de 2010. Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União 2010; 30 dez.

CAMARANO, Ana Amélia. População idosa brasileira deve aumentar até 2060: Ana Amélia Camarano, coordenadora do Ipea, comenta os principais gargalos provocados por esse envelhecimento. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=33875:populacao-idosa-brasileira-deve-aumentar-ate-2060&catid=30:disoc&directory=1#:~:text=Dados%20divulgados%20pelo%20Instituto%20Brasileiro,da%20popula%C3%A7%C3%A3o%20brasileira%20at%C3%A9%202060. Acesso em: 27 mai. 2022.

CARDINALLI, I. E. Daseinsanalyse: corpo e corporeidade. In: Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse. N° 12, São Paulo: 2002.

CARDINALLI, I. E. Heidegger: o estudo dos fenômenos humanos baseados na existência humana como ser-aí (Dasein). Psicologia USP, v. 26, n. 2, p. 249-258, maio 2015.

CASANOVA, M. Mundo e Historicidade: Leituras Fenomenológicas de Ser e Tempo, vol. 1. Via Vérita, 2017.

GALVÃO, M. C. B.; RICARTE, I. L. M. A Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11): características, inovações e desafios para implementação. Asklepion: Informação em Saúde, Rio de Janeiro, RJ, v. 1, n. 1, p. 104–118, 2021. DOI: 10.21728/asklepion.2021v1n1.p104-118. Disponível em: https://revistaasklepion.emnuvens.com.br/asklepion/article/view/7. Acesso em: 16 jun. 2023.

HEIDEGGER, M. Seminários de Zollikon. Trad. Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro. Via Verita, 2022.

HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. Vol 1.Petrópolis, RJ. Editora Vozes, 2015.

HEGENBERG, L. 1998. Evolução Histórica do conceito de doença, [online]. Disponível em: https://books.scielo.org/id/pdj2h/pdf/hegenberg-9788575412589-03.pdf. Acesso em: 14 de julho de 2023.

FEIJOO , L. C. A. M. Psicologia clínica e psicologia comunitária – Uma proposta de convivência pacífica . Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics, [S. l.], v. 5, n. 2, p. 4–15, 2022. DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29830. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/aoristo/article/view/29830. Acesso em: 2 maio. 2023.

MARTINS, J. DE J. et al.. Políticas públicas de atenção à saúde do idoso: reflexão acerca da capacitação dos profissionais da saúde para o cuidado com o idoso. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 10, n. 3, p. 371–382, set. 2007.

MICHELAZZO, J. C. Corpo e Tempo. In: Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse. N° 18, São Paulo: 2002.

SANTOS, Danielle de Gois; SA, Roberto Novaes de. A existência como "cuidado": elaborações fenomenológicas sobre a psicoterapia na contemporaneidade. Rev. abordagem gestalt., Goiânia, v. 19, n. 1, p. 53-59, jul. 2013. Disponível em<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672013000100007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 06 mar. 2023.

SCLIAR, M. . História do conceito de saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 17, n. Physis, 2007 17 (1), p. 29-41, jan. 2007.

SILVA, Nayane Aparecida da Costa; FREITAS, Joanneliese de Lucas. "A questão da técnica" em Heidegger: considerações sobre a clínica psicológica. Rev. NUFEN, Belém , v.11, n.1, p.137156, abr. 2019.Disponívelem<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S217525912019000100010&lng=pt&nrm=iso>.acessosem 12 jun. 2023. http://dx.doi.org/10.26823/RevistadoNUFEN.vol11.nº01ensaio46.

ZANETTI, F. M. Um olhar sobre a saúde humana. Revista Psicopatologia Fenomenológica Contemporânea, v. 10, n. 1, p. 18-38, 2021.

Downloads

Publicado

2025-10-03